Sabe aquele sentimento de que deveria ter feito mais? Que falta algo? Quando tem um momento mais tranquilo vem à culpa? Ou quando aparece um sorriso em meio ao caos e surge àquela sensação de que algo está errado e que não deveria estar bem?
Existem dois principais sentimentos relacionados com a culpa:
A famosa frase “deveria ter feito mais”
É bem comum o enlutado fazer para si mesmo as seguintes perguntas:
Será que eu fiz tudo? Será que se eu tivesse feito diferente, algo poderia ter mudado? Se eu tivesse demonstrado mais o meu amor, as coisas poderiam ser diferentes?
É normal sentir um pouco de culpa. Mas, na maioria das vezes, é uma crença que não tem nenhuma sustentação, ou seja, a pessoa simplesmente acredita, mas na verdade, se fez tudo o que poderia ter feito.
Não existe uma despedida perfeita e não tem como você fazer ou expressar absolutamente tudo o que sente para o outro. Até porque você é humano, logo, não é perfeito.
Ou em alguns casos, pode ser que decisões erradas foram tomadas e que, pensando hoje, poderiam ter sido diferentes. Porém, aquele momento não se sabia como fazer diferente.
É fácil julgar o seu passado com os pensamentos e com as informações que tem hoje.
Além disso, você só sabe que tal decisão não deveria ter sido tomada ou tal situação poderia ter sido evitada porque você está olhando para o que já aconteceu, ou seja, tem situações que não temos como prever o que será melhor.
Tente internalizar essa frase: “eu fiz o que eu poderia ter feito naquele momento”
Outra frase que escuto muito é: “sinto culpa só de pensar em um futuro sem ela (a) aqui”
Na clínica eu vejo que muitos enlutados se culpam por pensar em fazer planos para o futuro.
Quando têm alguns momentos bons; quando se pegam pensando em fazer algo que se sente bem; quando saem e lembram que ele (a) gostaria de estar junto naquele lugar e também tem aquela culpa só de imaginar em fazer algo que a pessoa que perdeu gostava de fazer.
O que fazer?
Se a culpa não for tão intensa, ela aos poucos vai passar. Faz parte do processo do luto.
Autorizar-se a ficar bem novamente não é uma tarefa fácil para muitos.
Na clínica eu percebo que muitos iniciam a psicoterapia com aquele sentimento de que não querem deixar de lembrar a pessoa que perdeu e por isso não conseguem seguir.
Contudo, é impossível apagar a tua história e a pessoa que você perdeu faz parte dela. Inclusive, você aprendeu muito com ela.
Não tem como esquecer e você é a maior prova viva disso, mas é possível sim voltar a ficar bem novamente.
Se notar que está muito difícil de conviver com isso e que a sua vida está girando em torno da culpa, é necessário iniciar a psicoterapia para entender o que está por trás disso e para dar novos sentidos para esse sentimento.
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